SAÍDA DE CAMPO - SERRA DO BOQUEIRÃO

Serra do Boqueirão

Turma de Biologia

Nós, alunos da Faculdade de Tecnologia e Ciência – FTC-ead do curso de Licenciatura em Biologia da UP de Cícero Dantas – BA, realizamos uma saída de campo para a Serra do Boqueirão, localizada a mais ou menos 6 km, ao Sudeste da cidade de Cícero Dantas, com objetivo de catalogar espécies vegetais típicos da caatinga, no dia 25 de fevereiro de 2007, sob a supervisão e coordenação do professor Joésio Monteiro। Tínhamos também por objetivo descrever o perfil da caatinga de nossa região, a fim de esquematizar com dados estatísticos, o processo de intervenção do homem neste respectivo bioma.
Diante do entusiasmo de toda turma, a nossa interação com o ambiente nos abriu os olhos para as riquezas naturais do meio ambiente, infelizmente, indícios de queimadas, desmatamento e outras práticas agressivas comprometem a existência de espécies endêmicas do habitat nos fazendo refletir sobre o futuro desse bioma típico do nosso Sertão.
Características constatáveis
Com um clima semi-árido e vegetação constituída especialmente de espécies lenhosas e herbáceas, de pequeno porte, geralmente dotadas de espinhos sendo na maioria das vezes, caducifólias perdendo suas folhas no início da estação seca, e de cactáceas e bromeliáceas. Alguns exemplares de vegetação de grande e médio porte também foram observados, mas as plantas mais abundantes que percebemos neste levantamento foram: A catingueira, as juremas e os marmeleiros.
Nesta saída de campo, além do que se foi observado com relação ao Bioma estudado, não se pode deixar de lembrar do caráter recreativo proporcionado pela quebra da rotina da sala de aula, como também da integração homem natureza, e da auto descoberta de fatores primordiais e indispensáveis na construção e renovação de laços de amizade, como também na constituição de uma consciência social, que é de grande valor na constituição de uma sociedade justa e igual para todos, e que são vistas mediante as atuais perdas de valores éticos, morais e conseqüentemente de qualidade de vida, tangida pela agitação moderna e falta de diálogos entre pessoas; diante da situação que nos foi colocada, pudemos nos sentir mais valorizados como também integrados a uma sociedade, que dependerá dos nossos atos para que a mesma se mantenha “forte e auto sustentável”.





Educação Atual

Ao falarmos na educação atual, pensamentos, bem como o que se aplica na mesma, são divergentes, ou seja, não acontece e nem é proporcionada de forma ampla e eficaz, mas ao falarmos em amplitude, não devemos esquecer da real importância da educação e da didática para a formação de uma personalidade questionadora.
No momento em nosso país, vivenciamos um grande e acentuado crescimento do sistema educacional devido à grande necessidade de termos formas crítico-ideológicas, baseado no pensamento que pessoas questionadoras são também auto-sustentáveis e, que para chegarmos a esse ponto, são muitos os fatores que irão proporcionar tal formatação, sendo que dentre estes se destaca a grande contribuição dos poderes públicos que devem fazer um estudo real da realidade que nos rodeia, como também para uma aplicação de recursos financeiros que poderão aumentar gradativamente a qualidade de vida educacional e conseqüentemente a social.
Vendo a educação de forma objetiva e específica, a realidade torna-se algo de real preocupação, pois, vivenciamos além de algumas mudanças, a forma conservadora, como também o tratamento funcional e educacional da nossa sociedade, e isso em grande parte se dá à falta de profissionais capacitados, tendo como conseqüência a falta de qualidade no ensino, também podemos citar as estruturas precárias para se desenvolver um bom trabalho, a falta de maiores investimentos para valorização do magistério.
Por fim, apesar das mudanças, em especial o progresso, não podemos omitir a importância “pessoal” num contexto em que estamos inseridos, ou seja, antes que as mudanças cheguem a nós, é preciso que estejamos preparados a recebê-las, bem como fazer desse processo progressivo algo de extrema sensibilidade assimilativa, forma que é proposta pela educação atual, sendo assim o ser humano atual, pelo que está vivendo e sendo proposto pela educação, deve antes de mais nada, ser responsável pelo seu crescimento e sua projeção num contexto social.

O Pau-Brasil

O Pau-brasil é da Família das Leguminosas e, a espécie é Caesalpinia Echinata, era uma árvore abundante, na mata atlântica brasileira; a mesma era comumente encontrada do litoral do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, sendo o litoral do sul da Bahia o primeiro ponto de intensa extração da árvore. Os indígenas à conheciam com o nome de ibirapitanga. A altura desta árvore varia de 8 à 15 metros e o tronco chega à 80 centímetros de diâmetro, ou seja, seu tronco é relativamente fino, sendo que sua raiz é bem desenvolvida, permitindo uma grande penetração de água e sais minerais, que é característica das angiospermas e da classe das dicotiledôneas; possuem acúleos são saliências duras e pontiagudas que são facilmente destacadas no tronco e, são popularmente conhecidos por espinhos; suas flores são do tipo cacho simples, com pétalas de coloração amarelo-ouro, sendo que uma delas denomina-se verticilo; seu fruto é do tipo deiscente que se abre para liberar as sementes, estas que são achatadas e lisas, que medem aproximadamente de 1 à 1,5 cm de diâmetro, floresce à partir do final do mês de setembro, prolongando-se até meados de Outubro. A maturação das mesmas ocorrem entre os meses de Novembro à Janeiro; a cuja também fornece madeira pesada, muito durável, bastante utilizada na fabricação de arcos de violino; e também antigamente era comum ser usada na produção de um corante vermelho, chamado brasilina, muito utilizado para tingir roupas. O pau-brasil constituiu o primeiro produto de exportação sistemática para Portugal, sendo por seus comerciantes redistribuídos para outros países. Foi explorado por portugueses e, inicialmente, também por franceses, em feitorias (entrepostos comerciais) no litoral, num sistema de permuta com os indígenas; esses derrubavam as árvores, desbastavam e traziam as toras à feitoria, recebendo em troca objetos de metal, utensílios diversos e miçangas.
Nesta árvore baseou-se o primeiro ciclo econômico da História do Brasil e já em 1605 foi editado o Regimento do Pau-Brasil, determinando medidas de proteção.
Enfim é uma árvore de porte elegante, de folhas verdes e brilhantes e suavemente perfumadas tanto que são plantadas nas calçadas, ideal para o paisagismo, mas infelizmente hoje, a árvore corre um sério risco de extinção.
Adailton Rosário